quarta-feira, 2 de setembro de 2009

András Pándy

András Pandy nasceu em Chop,Ucrânia, em 1 de Junho de 1927. Estudou Teologia e mais tarde tornou-se um pastor protestante. Pandy conheceu sua primeira esposa, Ilona Sóres, em 1957. Após a era comunista, fugiram da Hungria para a Bélgica. Um ano depois, nasceu sua filha Agnes. Dániel e Zoltán, seus filhos nasceram em 1961 e 1966, respectivamente. Em 1967 o casal se divorciou quando Pandy acusou Ilona de infidelidade. Ela saiu de casa com seus filhos, mas deixou sua filha, Agnes, que logo começou a ter uma relação incestuosa com seu pai. Desta união iria nascer uma criança. No início dos anos setenta, Pandy seduzia mulheres através de anúncios de jornais, muitas vezes dando um nome falso e mentindo sobre a sua ocupação. Ele usou a frase marcante "Lua de Mel Européia" em seus anúncios. No final da década, ele visitou a Hungria novamente, lá ela conheceu sua segunda esposa, Edith Fintor, uma mulher casada e com três filhas: Tünde, Tímea e Andrea. Pandy seduziu a mulher que, de acordo com seu ex-marido, fugiu com Pandy para a Bélgica, onde se casaram. Em 1984, Pándy começou outra relação incestuosa com Tímea, sua enteada. Ágnes, num acesso de ciúmes, tentou matar Tímea, mas não teve coragem e desistiu. Tímea fugiu de casa e, em breve emigrou para o Canadá, juntamente com Mark, o filho que ela concebeu com András.Os desaparecimentos começaram em 1986. Primeiro foi sua esposa Edith e em seguida sua enteada Andrea, de treze anos. Pandy afirmou que Edith tinha fugido com um novo amante para a Alemanha. Em 1988, sua ex-esposa Ilona e seus filhos desapareceram. Pandy primeiro disse que eles tinham ido para a França e depois que eles foram para a América do Sul. Finalmente, em 1990, enquanto Ágnes estava viajando de férias com o filho de incesto, Tünde desapareceu e Pandy disse que tinha mandado ela para fora de casa por causa de seu mau comportamento. Ágnes trabalhava como bibliotecária e era querida e respeitada pelos membros da comunidade. Sua vida era aparentemente tranqüila. Seu pai efetuava seus serviços religiosos e os fiéis o estimavam e o queriam como um homem bom, ele os escutava e lhes dava conselhos como um guia espiritual. Sem saber o que realmente acontecia, seus paroquianos o haviam batizado de "Padre Barba Azul", porque ele usava uma barba negra na época. Quando a verdade se tornou conhecida, o apelido ganhou um novo significado macabro. Ágnes explodiu em Novembro de 1997, depois de denunciar seu pai em 1992 por abuso sexual, mais uma vez ela foi à polícia e confessou os assassinatos de seus parentes desaparecidos. Segundo seu testemunho, ela sabia sobre a morte de todos, mas só foi pessoalmente responsável pelo assassinato de sua mãe, Ilona, mas colaborou no assassinato de Dániel, Zoltán e Andrea. Ágnes não soube afirmar nada sobre o desaparecimento de Tünde. O modus operandi era, em dois dos casos, o uso de um instrumento grosso com que ela e seu pai esmagaram o crânio de suas vítimas. Dois outros foram mortos por um tiro na cabeça. Os corpos eram desmembrados mais tarde. Algumas partes dos corpos foram dissolvidos em ácido em um latão no sótão. Outras partes foram dadas de comida para porcos. E outras ainda foram despejadas em sacos de lixo em Anderlecht, um subúrbio de Bruxelas. Pandy foi preso em outubro de 1997 sob a acusação de assassinar suas duas mulheres (Ilona Sóres e Edith Fintor), dois de seus filhos legítimos (Dániel e Zoltán) e duas de suas filhas adotadas (Tünde e Andrea) e estuprado duas filhas. Após ser preso e acusado, o julgamento de Andras Pandy, 75 anos, e de sua filha Agnes, 44 anos, começou no Tribunal de Bruxelas, sob grande entusiasmo dos meios de comunicação belgas. O pastor viveu quarenta e cinco anos vivendo e trabalhando na Bélgica. Pandy permaneceu imóvel durante o depoimento de sua filha. Com relação à relação incestuosa, Agnes disse: "Ele disse que ia me iniciar, que não era para mim dizer para ninguém e seria o nosso pequeno segredo". Agnes, que as lágrimas por diversas vezes atrapalharam sua narração dos eventos, confirmou, como já havia dito antes a polícia, que junto com seu pai matou cinco membros da sua família. A filha do pastor protestante, fruto de seu primeiro casamento com Ilona Sores, disse que matou sua mãe e seu irmão Daniel com tiros na cabeça, instigada pelo pai. Segundo Ágnes, foi ele quem matou seu filho Zoltán, sua segunda esposa (Edith Fintor) e sua filha adotiva Andrea, mas ela estava em todos os momentos consciente das intenções de seu pai e sabia que cada um desses assassinatos foram premeditados. A polícia localizou os vários restos mortais após investigar a casa do pastor. Pandy foi condenado a prisão perpétua. Agnes pegou vinte anos. Surpreendentemente, quando completou oitenta anos, as autoridades prisionais decidiram enviar ele para um lar de idosos aposentados, onde passa os seus dias na mais completa tranqüilidade. Ele voltou a pregar seu cristianismo.

O livro In de Naam van de vader (Em nome do pai), de Jeroen Wils baseia-se nesses acontecimentos.

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