terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Émile Louis

Émile Louis nascido em 21 de janeiro de 1934 em Pontigny, Bourgogne é um motorista de ônibus francês aposentado e principal suspeito no desaparecimento de sete jovens mulheres no departamento de Yonne, Bourgogne, no final de 1970. Ele foi abandonado pela mãe durante os primeiros dias de sua vida. Foi morar num lar adotivo até ser adotado por uma família. Foi adotado por um artesão e empresário. Sua mãe adotiva era fria e autoritária, ele descobriu com 14 anos que seus pais adotivos não eram seus pais verdadeiros. Quando era adolescente, esteve no centro de menores criminosos em Saone-et-Loire, onde sofreu muita violência. Após isso se formou no ensino médio. Em 1952, com 18 anos, entrou para a Legião Estrangeira e esteve envolvido na guerra da Indochina durante dois anos, quando ele estava servindo na Marinha transportando soldados mortos. Na Indochina francesa se tornou herói de guerra com várias condecorações militares. Em 1954, com 20 anos, casou-se com Chantal Delagneau com quem teve duas filhas, Marilyne e Manoèle, e dois filho, Fabien e Fabrice. Eles viviam em Villefargeau, 7 km a oeste de Auxerre. Sua mulher dizia que ele tinha dupla personalidade, gentil e atencioso e ao mesmo tempo perverso e cruel. Ele foi empregado na base militar de Varennes em Yonne. Morando em Seignelay a 14 km ao norte de Auxerre, ele foi eleito vereador, e se tornou motorista de ônibus da empresa de ônibus escolar de Bourgogne, onde conheceu suas futuras sete vítimas. Ele se separou de sua esposa em 1978 após 24 anos de casamento. Em 1984 mudou-se para Draguignan no Var, após cumprir uma pena de quatro anos de prisão por molestar crianças quando ele trabalhava em uma empresa funerária. Em abril de 1992 ele se casou com sua segunda esposa, Chantal Paradis em Draguignan depois de uma condenação de cinco anos de prisão. Ele aposentou-se em Draguignan. Em 2000, Louis confessou seus crimes, mas ele desmentiu esta confissão um mês depois. Louis está atualmente, desde março de 2004 quando foi condenado pela Cour d'assises do Var, cumprindo 20 anos de prisão, dois terços dos quais são sem condicional, pelo estupro e tortura de sua última esposa e de sua enteada de 20 anos. Como dito anteriormente, ele também foi duas vezes condenado por violência sexual contra menores, uma vez em 1983 na qual ele foi condenado a quatro anos de prisão e novamente em 1989 com uma pena de cinco anos de prisão. Louis é o principal suspeito de desaparecimentos no departamento de Yonne de sete mulheres jovens com deficiências mentais, entre 1975 e 1980. Os desaparecimentos inicialmente não atraiam muita atenção porque as meninas não tinham parentes próximos e viviam em casas para deficientes, acreditava-se que elas tinham simplesmente fugir. Louis confessou ter matado as sete meninas em 2000, logo após ele voltou atrás em sua declaração. No entanto, seu depoimento levou a polícia a encontrar os restos mortais de duas das vítimas. Louis raptou as meninas enquanto estava dirigindo o ônibus que transportava as pacientes. Uma grande questão é a forma como o sistema de justiça ignorou essa seqüência de desaparecimentos por tanto tempo, embora as suspeitas viessem crescendo e indicasse algo de estranho. Tanto que o policial Christian Jambert apresentou um relatório em 1984, designando Louis como principal suspeito. Em 4 de agosto de 1997, Jambert foi encontrado morto e autoridades judiciárias atribuíram a causa a suicídio. No entanto, uma análise de seu crânio em 31 de março de 2004, indicou que duas balas entraram no cérebro e ambas seriam fatais. Em 1992, Pierre Charrier, chefe da Yonne APAJH, associação gestora do lar para deficientes jovens, onde as meninas desaparecidas estavam hospedadas, foi condenado a seis anos de prisão por estuprar uma mulher de 23 anos com deficiência. Nove anos antes, Nicole Charrier, seu cônjuge, testemunhou a favor de Louis. Em 2001, Nicole Charrier foi retirada de sua posição como diretora da APAJH. A falta de reação por parte das autoridades judiciais levou à suspeita de que a demora dos inquéritos não foi por negligência ou incompetência, mas por causa do possível envolvimento de pessoas bem sucedidas localmente conectadas a uma rede de prestação de serviços de prostituição sádico. Um problema no tratamento jurídico das ações de Louis é a prescrição (Estatuto da Limitações). Mesmo que Louis tenha admitido seus crimes cometidos na década de 1970, pode ser impossível processá-lo. Porém o Tribunal de Cassação resolveu que para esse tipo de crime não deveria haver prescrição. O julgamento de Louis no Tribunal de Yonne para os sete assassinatos começou em 3 de novembro de 2004. Em 10 de novembro, o órgão visitou o local onde os corpos das duas vítimas, Madeleine Dejust e Jacqueline Weis, foram encontrados após Louis confessar a localização para a policia. Louis retirou sua confissão e passou a jurar inocência. Além de Madeleine e Jacqueline, Louis teria assassinado Chantal Gras; Bernadette Lemoine; Christine Marlot; Martine Renault e Françoise Lemoine.

O livro Etre la fille d'Emile Louis, de Maryline Vinet são relatos da filha de Louis sobre a vida de seu pai; o livro Disparues de l'Yonne : La huitième victime, de Jacques Pradel fala sobre esses acontecimentos.

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