quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gilberto Chamba

Gilberto Antonio Chamba Jaramillo, nascido em 1963 em Machala , província de El Oro , Equador , Gilberto foi apelidado de "O monstro de Machala" pela brutalidade com que matava suas vítimas. Com as próprias palavras ele disse que estuprava as vítimas depois da morte e que essa era a sua satisfação pessoal. Ele se declarou culpado e disse que agia sozinho. Essas foram às únicas palavras ditas por Chamba, em 1993, após ser preso sob a acusação de estupro seguido de assassinato de oito mulheres e estupro de duas outras pessoas. De acordo com diversas publicações na época, Chamba disse à polícia cada um dos passos que tomou antes, durante e após os crimes. Ele era dono de um táxi no qual entre os anos de 1988 e 1993 andou pelas ruas de Machala, em busca de clientes. Suas vítimas seguiam um padrão: eram jovens, estudantes e andavam sozinhas. Os policiais que conseguiram capturar Chamba disseram que tinham duvidas de que ele era o verdadeiro assassino, eles tentaram confundi-lo o levando para locais distantes das cenas dos assassinatos, mas com uma frieza surpreendente, Chamba os corrigia e os levava para os locais onde ele tinha estuprado e matado as vítimas. Uma crônica do diário El Pais, da Espanha, resgatou o depoimento de Fausto Teran, um policial aposentado que participou da captura do "Monstro de Machala”. Ele disse que Chamba confessou que não praticava penetração vaginal em suas vítimas. O que ele fazia era penetrar nelas um instrumento semelhante a uma vara que ele mandou fazer. Em muitos casos a violência era tamanha que o instrumento até saía pela boca das vítimas. Entre suas dez vítimas, no Equador, duas eram menores. O testemunho de uma prostituta, uma das duas mulheres que sobreviveram a seus ataques, serviu para dar início ao procedimento criminal contra ele, que terminou com uma sentença de 16 anos de prisão. Uma sentença que apenas cumpriu sete anos, porque ele recebeu um beneficio da lei que reduziu para metade as penas dos detentos com bom comportamento e recebeu mais meio de graça por causa de um bônus da lei chamado Jubileu 2000, nesse os detentos recebiam certo perdão da lei. Em 09 de novembro de 2000, depois de cumprir sua pena e em seguida limpar sua ficha policial, um benefício que só é possível em Equador, Gilberto, que na época era casado e tinha duas filhas com sua esposa, Mariela, decidiu se mudar para Espanha. Um vôo o levou para Amsterdam e de lá ele foi para o aeroporto de Barajas, em Madrid , onde duas de suas irmãs o esperavam. Desde então, Chamba realizou diversos trabalhos que vão de alvenaria até carregador de mudanças dos vizinhos do prédio onde morava com sua família e ocasionais namoradas. Em setembro de 2004, Chamba finalmente conseguiu um emprego fixo no complexo de entretenimento de l'Illa Oci, situado perto da Faculdade de Direito na cidade de Lérida . Lá, ele não cumpria apenas a função de vigia, mas também limpava as salas de cinema. Os seis anos de paz aparente para a família de Chamba, que sofreram com a sua prisão no Equador, terminaram quando Gilberto foi preso em 1.° de dezembro de 2004, acusado estuprar e assassinar María Isabel Bascuñana, de 21 anos, uma estudante da Faculdade de Direito. Bascuñana geralmente deixava seu carro estacionado no estacionamento do cinema, pois tinha medo da escuridão. A última vez que ela foi vista com vida foi na noite de 23 de Novembro. Seus pais falaram com ela às 22h00min mais ou menos, quando ela disse que não iria comer em casa. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, a poucos quarteirões do cinema. Ela tinha um lenço amarrado no pescoço, alguns sacos de lixo tentavam esconder seu corpo e ela tinha sido brutalmente estuprada. Em seguida, surgiram várias hipóteses sobre sua morte. Uns falavam em crime passional, outros por vingança, mas seus amigos foram à chave para pegar o suposto assassino. A investigação conduzida pela polícia espanhola coletou depoimentos dos amigos de Maria Bascuñana que deram informações suficientes que eles chegassem até Chamba. Segundo os agentes, Maria havia dito aos amigos que Chamba a assediava sexualmente quando ela deixava ou pegava o carro do estacionamento do cinema. Essa versão foi complementada por outras meninas que indicaram que regularmente Chamba solicitava os respectivos números de telefone celular com a desculpa de que se algo ruim acontecesse com seus carros ele as chamaria imediatamente. No entanto, muitas delas receberam telefonemas de assédio sexual, a única explicação que encontraram é que o cuidador dos carros era o responsável. Essa hipótese foi confirmada quando os agentes encontraram o telefone celular de Maria. Depois de fazer um registro das chamadas feitas e recebidas, antes e depois do estupro e assassinato, puderam constatar que o assassino fez duas chamadas para linhas onde ofereciam sexo por telefone. As chamadas duravam entre cinco e seis minutos. Essa foi uma das pistas que levaram os agentes a ver Chamba como o principal suspeito. Além disso, os policiais alegaram em tribunal ter encontrado dentro do porta-malas do veículo de Maria, sacos de lixo que tentavam encobrir seu corpo. Estes sacos eram muito similares aos usados pelas pessoas que trabalham com limpeza de teatros e cinemas para transportar os resíduos. Imediatamente relacionaram a Chamba, sendo ele um dos assistentes de limpeza. Em um primeiro momento Chamba foi detido exclusivamente para interrogatório junto com seus colegas de trabalho, eles disseram que não notaram nada de incomum na noite do crime e que o equatoriano não saiu de seu local de trabalho. Além das versões de vizinhos e conhecidos de Chamba, todos a favor do assassino em série, diziam que ele tinha bom comportamento e era educado, que nada o ligava a um criminoso. Mas os testes de DNA realizados nos resíduos de sêmen encontrados no corpo da vítima ligaram diretamente a Chamba e fez com que a polícia formalmente pudesse acusá-lo. Chamba disse que os agentes tomaram uma amostra de sêmen de um preservativo que ele tinha usado e introduziram na vagina de Maria, criando um complô para colocar a culpa nele. Realizada a análise e os testes, a acusação rebateu o argumento e o equatoriano foi acusado e condenado a 45 anos, divididos em 20 anos por matar a jovem estudante espanhola Maria Isabel Bascuñana, outros 12 pelo dela, também foram impostos mais 13 anos por uma tentativa de estupro e assassinato de uma prostituta romena que testemunhou contra ele depois de ver suas imagens e fotos na mídia local, após sua prisão. Além destas provas, a acusação alegou a tentativa de ocultação de informações por Chamba que a princípio disse que quando abordado pela polícia ocultou seu registro criminal, no Equador e um incidente na Espanha em que ele estava relacionado à posse de armas. Ao longo do processo ficou demonstrado que o "Monstro de Machala" escondeu seu registro criminal, até que o exame das polícias da Espanha e Equador confirmou que ele era a mesma pessoa, condenado em Machala por assassinatos em série. O procurador que acusou Chamba pediu uma pena de 52 anos que foi reduzida para 45, uma decisão histórica, porque foi a primeira vez que essa sanção foi aplicada a um agressor por um crime como esse.
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