domingo, 30 de maio de 2010

Stephen Griffiths

Stephen Shaun Griffiths nascido em 24 dezembro de 1969, em Dewsbury, West Yorkshire. Durante sua adolescência, Griffiths foi aluno na Queen Elizabeth Grammar School, Wakefield. Ele se graduou na universidade de Leeds em psicologia e realizava estudos de pós-graduação em Criminologia na Universidade de Bradford no momento da sua detenção. Faziam 10 anos que Stephen não via seu pai, desde que esse se separou de sua mãe, Stephen viveu muitos anos com ela mais um irmão e uma irmã. Ele é suspeito de ter assassinado pelo menos três prostitutas em Yorkshire, Inglaterra. "Solitário e obcecado por prostitutas." É assim que os vizinhos o descrevem. A detenção de Griffiths, que foi para o tribunal no dia 28 de maio de 2010, foi possível graças às câmaras de vigilância colocadas durante a investigação, destacando-se a atitude suspeita de "um homem de sobretudo longo e óculos escuros". O homem de 40 anos foi detido na noite de 24 de maio de 2010, depois de a polícia ter encontrado partes do cadáver de uma mulher flutuando no rio Aire, em Shipley. Suzanne Blamires, de 36 anos, foi vista pela última vez em 21 de maio, no red-light district de Bradford. Griffiths foi apontado como o último cliente que a prostituta tinha atendido. "Era uma moça inteligente, estava estudando para ser enfermeira", contou a mãe de Suzanne à BBC, explicando que as drogas desviaram a filha. "O que aconteceu com ela jamais sairá de minha cabeça. Ninguém merece isto", disse ainda Nicky Blamires. Suzanne foi morta com disparos de um besta. Mais de 80 policiais invadiram o apartamento de Griffiths após checarem um vídeo de segurança que o incriminava. A este caso somam-se os desaparecimentos de outras duas prostitutas: Shelley Armitage, de 31 anos, com paradeiro desconhecido desde Abril, e Susan Rushworth, de 43 anos, que ninguém viu desde Junho de 2009. Outro tecido humano encontrado no mesmo rio que Blamires foi encontrada estabeleceu-se mais tarde pertencer a Armitage. Mas o quebra-cabeça pode ser maior, a confirmarem-se as suspeitas da polícia de que Griffiths tenha responsabilidade no desaparecimento de outras três prostitutas em 1999 e no homicídio de uma quarta, identificada como Rebecca Hall de 19 anos, cujo corpo foi encontrado na mesma região. Na sua página do My Space, o estudante de Criminologia, solteiro, apresentava-se como "Ven Pariah", figura mítica da demonologia, e fazia a apologia do castigo duro contra "aqueles que sujam a sociedade". No mesmo perfil, encerrado pela polícia, havia referências a Peter Suttcliffe, o Estripador de Yorkshire, que foi comprovado ter assassinado 13 prostitutas na década de 70. Confirmando-se a autoria de todos os assassínios, Griffiths será o segundo mais violento serial killer da história moderna britânica. Após ser preso em 24 de Maio de 2010, Griffiths apareceu no tribunal de magistrados, como já havia dito na manhã de 28 de Maio, dando seu nome como "The Cannibal Crossbow" ou “O Cannibal da Besta”. Ele fez uma segunda aparição no Tribunal da Coroa Britânica em 07 de junho através de um link de vídeo de dentro da prisão de Wakefield, onde aguarda julgamento que ocorrerá em 16 de Novembro de 2010. Griffiths tentou suicídio na prisão de Wakefield em 09 de junho de 2010.

Reportagem 1 Reportagem 2 Reportagem 3

sábado, 29 de maio de 2010

Cary Stayner

Cary A. Stayner nascido em 13 de agosto de 1961, também conhecido como o “Assassino de Yosemite” é um serial killer americano atualmente no corredor da morte pelos assassinatos de quatro mulheres em 1.999 em Mariposa County perto de Yosemite, na Califórnia. Stayner nasceu e cresceu em Merced, California. Seu irmão mais novo, Steven , foi seqüestrado quando era criança pelo molestador Kenneth Parnell em 1972 e mantido em cativeiro por mais de sete anos, antes de fugir e ser reunificada a sua família. Cary Stayner diria mais tarde que se sentiu negligenciado por seus pais que eram muito tristes enquanto Steven estava desaparecido. Quando Steven escapou de Parnell e voltou para casa em 1980, ele recebeu grande atenção da mídia, um livro (escrito por Mike Echols) e um filme para TV , ambos intitulados I Know My First Name is Steven, foram feitas sobre seu seqüestro. Steven morreu em um acidente de motocicleta enquanto voltava do trabalho para casa em 1989. No ano seguinte, o tio de Cary, Jesse "Jerry" Stayner, com quem ele estava vivendo na época, foi assassinado. Stayner tentou suicídio em 1991 e foi preso em 1997 por posse de maconha e metanfetaminas, mas as acusações foram retiradas depois. Em 1997, Stayner foi contratado como caseiro no motel Cedar Lodge em El Portal, na entrada para o Yosemite National Park. Entre fevereiro e julho 1999, ele assassinou quatro mulheres: Carole Sund (uma corretora de seguros conceituada de Eureka, Califórnia), sua filha Julie Sund, sua companheira de viagem, a estudante argentina de intercâmbio Silvina Pelosso e a funcionária do Yosemite National Institute (agora NatureBridge) Joie Armstrong. Os corpos de Carole Sund e Silvina Pelosso foram encontrados carbonizados na região da Stanislaus Forest no porta-malas de um Pontiac Grand Prix que Carole alugou para fazer uma viagem com a filha e a amiga. O corpo de Juli Sund foi encontrado duas semanas depois perto do Lago Pedro no Condado de Tuolumme a quilômetros de distância, o corpo em decomposição da menina apresentava a garganta cortada. Ele foi inicialmente questionado quando as três primeiras vítimas foram encontradas, mas não foi seriamente considerado como um suspeito, devido principalmente às suas relações com as vítimas e suas tentativas de despistar as autoridades. Quando o quarto corpo foi encontrado em um manguezal no Yosemite National Park, em julho, ele foi interrogado novamente e preso pelos agentes do FBI John Boles e Jeff Rinek em Laguna del Sol resort nudista em Wilton . No seu caminhão tinham evidências que o ligava as vítimas. Ele acabou confessando os quatro assassinatos. Stayner afirmou após sua prisão que fantasiava sobre assassinato de mulheres desde os sete anos de idade, muito antes do rapto de seu irmão. Stayner foi julgado invocado não culpado devido à insanidade. Seus advogados alegaram que a família de Stayner tinha um histórico de abuso sexual e doença mental, manifestando-se não só nos homicídios, mas também do pedido Stayner de pornografia infantil (em troca de sua confissão) e transtorno obsessivo-compulsivo, no seu caso um tipo chamado tricotilomania (arrancamento dos cabelos compulsivamente). Ele foi novamente julgado e foi considerado são e acusado em quatro acusações de assassinato em primeiro grau por um júri em 2001. Em 2002, durante a fase final do seu julgamento, ele foi condenado à morte. Um recurso está em andamenti. Stayner está preso no Centro de Ajustamento no corredor da morte na Penitenciária de San Quentin, na Califórnia.
Biografia Parte 1 Parte 2 Parte 3

O filme I Know My First Name is Steven baseia-se no sequestro de Steven.

Os livros The Yosemite Murders de Dennis McDougal; Murder at Yosemite de Carlton Smith, além de um novo capítulo no já citado I Know My First Name is Steven que Mike Echols escreveu anos depois baseiam-se nesses acontecimentos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Roberto Peukert Valente

Roberto Agostinho Peukert Valente, nascido em 1967, venezuelano naturalizado brasileiro, entrou para a crônica policial brasileira na madrugada de 6 de janeiro de 1985, quando, aos 18 anos e estudante da 7ª série, matou a tiros e facadas a mãe, o pai e os três irmãos tudo porque sua mãe pediu que ele abaixasse o volume do rádio que estava alto.
Roberto pegou o revólver do pai e deu um tiro no peito da mãe, que dormia. O pai se acordou e também foi atingido. Como os pais continuaram vivos, o assassino foi até a cozinha, pegou uma faca de serra e um facão. Deu três golpes no abdome da mãe e 11 no pescoço do pai. O adolescente arrastou os cinco corpos pela casa. Colocou-os no carro da família e dirigiu até uma rua perto do Cemitério de Congonhas, onde abandonou o veículo. Às 20h37 de 19 de agosto de 1987, Peukert foi condenado por matar o pai, o português radicado no Brasil Mário Agostinho Valente, 46 anos, desenhista da Mercedes-Benz; a mãe, Karin Klaudia Peukert, 42 anos, operadora bilingüe da multinacional ZF do Brasil; a irmã, Cristina, 16 anos; e os irmãos, Paulo, 17 anos, e André, 8 anos. Peukert foi condenado a 25 anos de prisão pela chacina, mas, como foi considerado semi-imputável (tem consciência do que é crime, mas não consegue se controlar), o juiz Nilton Vieira de Melo trocou a pena por internação no manicômio judiciário (neste caso, o condenado passa por avaliações periódicas anuais ou a cada três anos, a partir das quais ele pode ou não receber benefícios). Condenado a 25 anos de prisão pela chacina, acabou internado em um manicômio judicial, de onde, segundo determinação da Justiça, só pode sair com escolta policial. Após passar anos na hoje extinta Casa de Detenção de São Paulo e na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, uma das mais rígidas do país, Peukert foi transferido para o hospital de Franco da Rocha 1, onde vigora o regime fechado. Em janeiro de 2008, foi transferido para a unidade 2, onde existe um regime de desinternação progressiva que, sempre com avaliações psiquiátricas e autorização judicial, permite saídas dos internos, alguns até podem sair sozinhos, o que não é o caso de Peukert. A chacina ocorreu no sobrado da família, na Vila Santa Catarina (zona sul de SP). Após as mortes, Peukert colocou os corpos no porta-malas de um dos carros da família e os abandonou perto de um cemitério. Em 1991, em entrevista à Folha, Peukert afirmou: "Se insistirem muito em saber qual meu estado, diga que estou completamente maluco, vendo hipopótamos com asinhas". No ano de 2008 Peukert foi flagrado ao sair do manicômio, sem escolta, para passar o dia na casa da namorada, Neusa Maria Teixeira Rocha, funcionária do hospital psiquiátrico de Franco da Rocha 1, onde ele esteve internado até janeiro daquele ano. Peukert, que na época já estava em Franco da Rocha 2, foi deixado só na casa, a quase dois quilômetros do hospital, e lá ficou o dia todo, sem escolta de funcionários do sistema prisional. Ele foi levado no carro particular de um agente prisional, conhecido como Ocimar, que também é responsável pela guarita de entrada do hospital psiquiátrico. Em seguida, o agente voltou ao seu posto. Por volta das 11h, o preso ficou sozinho na casa, já que a namorada e outras duas mulheres saíram para fazer compras no centro de Franco da Rocha. Ao voltar, cerca de uma hora depois, foram recebidas na garagem por ele. Laudos do psiquiatra Guido Palomba, um dos mais conceituados do país, relatam que Peukert ainda tem uma estrutura psíquica frágil. "Como é inteligente, tem certa vivência, supõe-se que em eventual novo delito poderia agir de forma mais elaborada", diz o laudo. O juiz Adjair de Andrade Cintra determinou, em janeiro de 2008, "que não seja autorizada a saída do sentenciado da colônia (hospital psiquiátrico), salvo acompanhado de funcionários do estabelecimento". A decisão, diz o juiz, baseia-se no fato de haver divergência nos laudos "sobre o grau de periculosidade do sentenciado". Em entrevista, o preso negou ter cometido alguma irregularidade e admitiu que freqüentemente tem passeado aos domingos. Além de passear sem escolta, "Robertinho", como é chamado pela diretora da unidade, a psicóloga Odete Maria Vieira Lanzotti, tem as chaves de várias salas do hospital, mantém um quarto exclusivo e é o único a usar um notebook para fazer trabalhos particulares para a empresa de um tio. A saída sem escolta e outros possíveis privilégios são investigados pela Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário de São Paulo. Odete Maria é mulher de Paulo César Sampaio, psiquiatra que coordena todo o sistema de saúde dos presídios paulistas e também investigado por conceder regalias a Peukert.

domingo, 23 de maio de 2010

José Paes Bezerra - O Monstro do Morumbi

No final dos anos 60 e começo dos 70, sete mulheres foram brutalmente assassinadas por estrangulamento e seus corpos abandados em terrenos baldios do Morumbi. A polícia não tinha pistas do criminoso. Suas vítimas foram encontradas do mesmo jeito: nuas ou seminuas, pés e mãos amarrados com uma corda improvisada com pedaços de suas roupas (meias de náilon, sutiãs, calcinhas, lenços, blusas, saias), boca, nariz e ouvidos tampados com pedaços de jornal e papel amassados, e uma tira de tecido que servia como mordaça e como enforcador ao mesmo tempo. De cada uma das vítimas, o assassino levava o dinheiro, as jóias e uma peça de roupa, que dava de presente à companheira. Foi ela que, cansada de pular de emprego em emprego por conta do marido, acabou denunciando-o à polícia. Ao saber-se descoberto, o assassino fugiu e foi para o Pará, onde matou outras três mulheres e foi, finalmente, capturado. José Paes Bezerra após estrangular essas mulheres, sem antes tê-las violentado e cujos corpos foram encontrados em uma área de mata fechada onde hoje está edificado um dos conjuntos Cidade Nova, ele preparava-se para matar mais uma mulher. Porém, ao entrar na mesma mata com idêntico propósito, percebeu que estava apaixonado por essa mulher, razão pela qual resolveu poupar a vida dela. A decisão acabou por ser vital para sua identificação, localização e prisão. O acusado dormia nu, sob a cama em um quarto, totalmente às escuras, na Vila Almeida, no bairro do Jurunas. A prisão, aliás, causou grande impacto na outrora pacata sociedade paraense. Ao ser preso o "Monstro do Morumbi", confessou os crimes. À medida que confessava seus crimes, maiores eram as atenções, concentrando nesta cidade profissionais de imprensa de todo o Brasil e exterior, já que se estava diante de um dos mais perversos assassinos em série da crônica policial brasileira. O modo como escolhia a vítima era sempre o mesmo: com as mesmas características físicas que, mais tarde, viria a se saber que eram as da sua mãe. Para ganhar a confiança das mulheres que matava, José Paes Bezerra criava um vínculo com elas, convidando-as para sair ou pedindo-as em namoro. Quando elas caíam em sua lábia, ele as levava para um matagal na região do Morumbi e as matava. Segundo especialistas, o motivo que o levou a cometer os crimes pode estar ligado à sua infância traumática. Com seis anos de idade, Bezerra era responsável por limpar as feridas do pai hanseníaco (leproso), e sua mãe, prostituta, o levava para seus programas. Enquanto o pai definhava na cama, Bezerra presenciava a vida sexual da mãe. Passou a nutrir ódio compulsivo pelas mulheres, o que o teria levado a praticar os crimes. Bezerra dizia com naturalidade ter matado mais de 24 mulheres, mas a polícia não conseguiu provas para acusá-lo de todos os crimes. Perto dos corpos havia sempre restos de papel de presente. Depois se soube que ele pegava algum bem das vítimas e levava de presente para sua mulher. Ambos trabalhavam em casa de família. Foi condenado pelo assassinato de quatro vítimas. Quando preso ele teria dito que só sentia prazer se fizesse relação com uma parceira que estivesse imóvel como morta, motivo que fez com que ele pegasse gosto por matar as vítimas antes de violentá-las. Cumpriu a pena máxima de 30 anos e foi libertado em 2001. Sua localização é desconhecida. Especula-se que ele adotou o nome de José Guerra Leitão, mas isso nunca foi comprovado. O delegado da prisão onde José cumpriu seus 30 anos afirmou que hoje seu paradeiro é ignorado e que provavelmente ele esteja produzindo outras vítimas.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Lizzie Borden

Lizzie Andrew Borden nascida em 19 de Julho de 1860 foi uma solteirona de New England e uma figura central no caso que rodeia o duplo homicídio a machadadas brutais de seu pai e de sua madrasta num dia de calor sufocante, em 4 de Agosto de 1892, em Fall River, Massachussets. Borden foi absolvida quando levada a julgamento, mas ninguém mais foi acusado e ela tornou-se uma figura no folclore americano. As matanças, o julgamento e o impacto da cobertura dos jornais sobre Lizzie Borden se tornaram motivo de várias lendas urbanas. O evento tem permanecido firme na cultura popular americana e na criminologia como um dos mais famosos incidentes na história do país. Questões sobre a identidade do assassino continuam até hoje. Nascida em 1860, ela e sua irmã Emma Leonora, nove anos mais velha, foram criadas pelo pai, o Dr. Andrew Jackson Borden e pela madrasta Abby Durfee Gray Borden, já que a mãe biológica Sarah Anthony Morse, era falecida. Andrew e Abby casaram-se quando Lizzie tinha três anos de idade. A família residia na Second Street No. 92 Fall River, Massachusetts, cerca de 50 milhas ao sul de Boston. Em 1892, quando Lizzie estava com 32 anos e Emma com 41, a situação familiar na casa dos Borden era tensa: as irmãs usavam apenas a parte da frente no andar inferior e seus quartos subindo as escadas; seus pais ficavam com a parte de trás e o segundo andar. As irmãs não faziam as refeições com seus pais. O conflito chegou a este ponto por causa da decisão do Dr Andrew de legar a maior parte de sua fortuna para Abby e parentes de Abby. John Vinnicum Morse, irmão da primeira esposa de Andrew, estava hospedado na casa dos Borden para finalizar a transferência de uma fazenda para o seu nome. No ano anterior Andrew já doara um duplex para a meia-irmã de Abby, Sarah Whitehead. Tio John testemunhou em tribunal que o cunhado expressou a intenção de fazer um testamento no qual deixaria um legado de 25 mil dólares para cada filha e todo o restante para a esposa Abby. Alguns dias antes dos assassinatos Lizzie tentou comprar ácido prússico (cianureto) para limpar um casaco de peles, segundo justificou ao farmacêutico Eli Bence. No dia 3 os residentes da casa sofreram o que o Dr. Seabury W. Bowen, médico da família, identificou como intoxicação alimentar que atingiu inclusive Bridget “Maggie” Sullivan, empregada dos Borden, mas não Emma, em visita à cidade vizinha de Fairhaven. Em 4 de Agosto de 1892, Andrew J. Borden, pai de Lizzie, e sua madrasta, Abby Borden, foram encontrados mortos em sua casa. As únicas outras pessoas presentes na residência naquele momento eram Lizzie e a empregada doméstica da família, Bridget Sullivan. De acordo com testemunhas, Sullivan estava limpando as janelas da casa quando Lizzie a pediu para chamar o médico da família, Dr. Bowen, porque seu pai tinha sido assassinado. Mais tarde, o corpo da madrasta de Lizzie foi encontrado no segundo andar da casa. Ambos tinham sido mortos por pancadas provocadas por uma arma pesada e afiada, entretanto, era impossível determinar que arma foi usada pelo assassino. É presumido que a mesma arma foi usada para matar ambas as vítimas. Mais cedo naquele dia, Andrew Borden foi à cidade com o irmão de sua esposa, John Morse. Ele retornou às 10h30min e imediatamente deitou-se no sofá para tirar uma soneca. Menos de uma hora depois, Lizzie alegou que achou o corpo de seu pai. Esses são os únicos fatos incontestáveis do caso. Todo o resto no caso é formado por boatos e por testemunhos conflituosos. Lizzie Borden foi julgada pelos assassinatos. Durante a investigação da polícia, um machado pesado foi encontrado no porão e presumido como a arma do crime. Embora estivesse limpo, a maior parte de seu cabo não foi encontrado, e o processamento declarou que ele tinha sido cortado fora porque estava coberto de sangue. Contudo, o oficial de polícia Michael Mullaly disse ter encontrado a ferramenta de cortar árvores perto de um cabo de machado. Logo, a verdadeira arma do crime continua um mistério até os dias de hoje, apesar de o machado ser a arma mais suspeita e mais popular. Lizzie Borden estava menstruada no momento dos crimes. A polícia, descuidada, ignorou Lizzie, que dispunha de muitas roupas sujas de sangue em seu quarto. Na verdade, a polícia ignorou várias "pistas". Sullivan as levou da casa para lavá-las. Qualquer um desses fatos poderia ter sido uma evidência de assassinato, mas nenhum foi mencionado durante o julgamento. Nenhuma roupa suja de sangue foi jamais encontrada, porém, um assassinato desse tipo quase que certamente respingaria sangue nas roupas do assassino. Poucos dias depois dos assassinatos, Lizzie Borden queimou um de seus vestidos, dizendo que tinha derramado tinta nele. Lizzie Borden foi inocentada pelo júri depois de uma hora de deliberação. Muitas teorias têm sido apresentadas ao longo dos anos para identificar o verdadeiro assassino e para explicar os possíveis motivos. Uma acredita que Andrew J. Borden tinha recentemente modificado seu testamento, para excluir Lizzie e a irmã, porém, nenhum novo testamento, nem um velho, foram divulgados. Outra teoria é a de que Lizzie era lésbica e estava tendo um caso amoroso com a empregada, mas foi descoberta por sua madrasta. O pai de Lizzie e sua segunda esposa eram um pouco odiados pela sociedade, portanto qualquer cidadão poderia ter seu próprio rancor e ressentimento, sem excluir Lizzie e a empregada. Outra teoria acha que a empregada era a assassina, que possivelmente se sentiu ultrajada ao pedirem para ela limpar as janelas num dia muito quente, uma tarefa difícil, mesmo depois de ter ingerido alimentos envenenados. Uma teoria diz que Lizzie sofria de crise epiléptica durante seu ciclo menstrual, no qual ela às vezes entrava num estado de surto, cometendo assim os assassinatos inconscientemente. Diz uma lenda que Lizzie teria mantido um caso com a atriz Nance O’Neil. Em 1904, a atriz Nance O'Neil conheceu Lizzie Borden em Boston. No começo do século XX, era inaceitável uma mulher se tornar atriz. O'Neil era extravagante e estava sempre em dificuldades financeiras, e Borden tinha um considerável patrimônio. As duas tinham uma relação intensa, apesar da notoriedade de Borden. O'Neil era casada naquele momento.Nunca, entretanto, foi provado que a relação delas era íntima. O termínio da relação dois anos depois, em 1906, foi uma perda significante para Borden, que, como se alega, teve dificuldades para se recuperar emocionalmente. O'Neil virou um personagem no musical sobre Lizzie Borden, intitulado Lizzie Borden: A Musical Tragedy in Two Axe, onde ela foi interpretada por Suellen Vance. A feminista Carolyn Gage refere-se a Nance O'Neil como uma lésbica aberta, mas há poucos detalhes documentados sobre qualquer caso seu. Gage ainda afirma que sua orientação sexual era bastante conhecida nos círculos de entretenimento, apesar de seu casamento. O caso de Borden foi memorizado numa popular rima de pular corda, escrita assim em inglês: “Lizzie Borden took an axe (Lizzie Borden pegou seu machado), And gave her mother forty whacks( deu quarenta machadadas na mãe), When she saw what she had done (quando percebeu o que tinha acabado de fazer), She gave her father forty-one(deu quarenta e uma machadadas no pai). A rima anônima foi feita por um escritor como uma tentadora e pequena melodia para vender jornais. Entretanto, a verdade é que sua madrasta não recebeu quarenta machadadas, mas sim dezoito ou dezenove enquanto que seu pai, onze. Mesmo absolvida dos crimes, Lizzie Borden foi condenada ao ostracismo por vizinhos. Seu nome apareceu novamente nos jornais quando ela foi acusada de roubar um produto de uma loja. Alguns que conheceram Lizzie Borden acreditam que ela não foi culpada. No entanto, apesar de ter sido considerada inocente, ela continua na imaginação popular como uma assassina brutal. Isso se deve pelos seguintes fatos: As mortes nunca foram solucionadas; por muitos anos, no aniversário dos assassinatos, a imprensa mais sensacionalista novamente a acusou pelo crime e os versos burlescos de métrica imperfeita continuaram, reforçando sua "culpa" no pensamento público. A casa dos Borden, em Second Street, é hoje uma Bed and breakfast, um alojamento que oferece cama e café da manhã por tarifas convenientes, mas é aberta em certos dias para um tour. Quando a casa foi renovada por um dono anterior, há alguns anos, apenas uma machadinha foi encontrada. Ela foi dada à polícia, mas não se evidenciou nada. Um organização tem trabalhado para aproximar a casa de sua condição de 1892. "Maplecroft", a mansão que Lizzie Borden e sua irmã compraram com o dinheiro que herdaram do pai depois que ela foi inocentada, localizada na então famosa French Street, é uma residência privada nos dias de hoje e ocasionalmente é aberta ao público. Lizzie Borden faleceu em 1927 em decorrência de complicações pós-operatórias de uma cirurgia na vesícula biliar.
Matéria

O filme The Legend of Lizzie Borden se baseia nesses fatos.

Os livros Lizzie, de Evan Hunter e The Borden Tragedy de Rick Geary são baseados nesses acontecimentos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Gerald Stano

Gerald Stano nascido em 12 de Setembro de 1951 foi um serial killer americano. Ele nasceu em Schenectady, NY. Seu nome de nascimento era Paulo Zeininger. Sua mãe natural o negligenciava de tal maneira que quando ela finalmente o deu para adoção ele tinha seis meses de idade e os médicos declararam para o conselho que ele estava vivendo em "um nível animalesco", ao ponto de ingerir suas próprias fezes para sobreviver. Ele acabou sendo adotado por Norma Stano, uma enfermeira, que o renomeou de Gerald Eugene Stano. Os Stanos eram pais amorosos, mas problemas de disciplina de seu filho adotivo, no entanto, os atormentou a vida toda. Ele tirava C e D em todas as disciplinas da escola (exceto música, que ele se destacava ao máximo). Ele urinava na cama até os 10 anos de idade, algo comum entre muitos assassinos em série quando crianças. Mentia compulsivamente e foi pego roubando dinheiro da carteira do pai para pagar os colegas da escola e da equipe de futebol para não o perturbarem mais, para que não fosse visto como um fracasso completo. Graduou-se no ensino médio com 21 anos de idade e não fez faculdade. Oficialmente, Stano disse que começou a matar no começo de 1970, quando estava com seus 20 anos, mas também alegou ter começado a matança no final dos anos 1960, com a idade de 18 anos. Várias meninas desapareceram na área de sua residência, naquela época, mas dado a falta de provas físicas estas alegações foram ser investigadas quase 20 anos depois, e Stano nunca foi acusado. Ele foi mais ativo na Flórida e Nova Jersey. Quando estava com 29 anos, ele foi para a prisão por ter assassinado 41 mulheres. Ele era colega de cela do serial killer Theodore Bundy, até a execução deste em 1989. Stano foi executado na cadeira elétrica, na Flórida em 23 de Março de 1998. Em sua declaração final alegou inocência e lançou a culpa sobre o detetive de homicídios, o ex-sargento Paul B. Crow, que provocou a maioria das confissões de seus assassinatos e que mais tarde se tornou chefe de polícia de Daytona Beach. Controvérsias têm acompanhado o longo histórico criminal de Gerald Stano, com algumas acreditando que ele não era realmente um assassino em série, incluindo a do detetive James Gadberry, que contestou a decisão de aceitar confissões de Stano como válidas e, em 1986, assinou uma declaração legal afirmando que o sargento Paul Crow foi responsável por "forçar confissões" de detalhes íntimos de homicídios sem solução. Segundo o depoimento de Gadberry, Stano apenas repetia as informações de Crow enquanto outros oficiais veteranos da homicídios mais tarde contaram que tinham ajudado Crow a fazer Stano confessar crimes que não cometeu. Em 1995, Crow foi afastado do cargo por um júri nomeado pelo governador da Flórida, Lawton Chiles, alegando corrupção. Controvérsias ainda rodearam o fato de que Stano, apesar de suas 41 confissões de assassinato, foi levado a julgamento por apenas um homicídio: o de Cathy Lee Scharf, de17 anos, que foi assassinada em Dezembro de 1973. A evidente falta de provas materiais que corroborassem com as confissões de Stano tornou praticamente impossível para as jurisdições, na Flórida a acusação e condenações anteriores, Stano foi condenado por suas próprias confissões. Na seqüência do um julgamento, procuradores apresentaram o testemunho de um informante, Clarence Zacke, que mais tarde foi desmentido quando outro homem contra quem ele testemunhou Wilton Dedge foi libertado depois de cumprir 22 anos por estupro. Advogados de defesa estabeleceram que seu DNA não correspondia ao encontrado na vítima. Durante uma conversa gravada secretamente com o repórter independente Arthur Nash em 1997, Zacke admitiu que tinha mentido sobre Stano e outros acusados, incluindo Wilton Dedge. Ele disse que seu depoimento havia sido fabricado com a ajuda de dois promotores de justiça, que lhe ofereceram incentivos em troca do testemunho. No final de 2007, um relatório do laboratório do FBI veio à tona, e concluiu que Stano não poderia ter sido a fonte de pêlos púbicos não identificados que foram recuperados no corpo de Scharf. O relatório jamais foi apresentado como prova pelo defensor público que representou Stano. A fonte dos pêlos pubianos não foi identificada, e eles foram destruídos logo após a execução de Stano. Vinte e dois corpos foram encontrados, identificados e creditados a este serial killer: Ann Arceneaux de 17 anos, corpo descoberta em 1973, perto de Gainesville, Florida; Janine Marie Ligotino, de 19 anos, também descoberta em 1973, perto de Gainesville, Florida; Barbara Ann Baur de 17 anos, corpo foi encontrado em 1974 perto de Starke, Florida; Nancy Heard, de 24 anos; Diana Lynn Valleck, de 18 anos; Cathy Le Scharf, de 17 anos, os restos foram descobertos decompostos em 19 de janeiro de 1974, em uma vala perto de Titusville, Florida; Susan Basile de 12 anos; Susan Bickrest, de 24 anos, cujo corpo foi encontrado boiando em Spruce Spring Creek em dezembro de 1975; Bonnie Hughes de 34 anos; Linda Ann Hamilton de 16 anos; Molly Newell de 20 anos; Joan Gail Foster de 18 anos; Emily Branch de 21 anos; Ramona Neal de 18 anos; Phoebe Winston de 23 anos; Emily Grieve de 38 anos; Mary Kathleen Muldoon de 23 anos, cujo corpo foi encontrado em uma vala em Ormond Beach, Florida, em Novembro de 1977; Sandra DuBose de 34 anos, corpo foi descoberto em uma estrada deserta perto de Daytona Beach, em 1978; Dorothy Williams, de 17 anos, corpo foi descoberto em um vala de drenagem perto de Atlantic Avenue, em 1979; Christine Goodson, de 17 anos; Mary Carol Maher de 20 anos e Toni Van Haddocks de 26 anos. Além dessas, uma mulher nunca identificada, foi encontrada em Altamonte Springs, Florida em 1974. As demais possíveis vítimas nunca foram encontradas.

Biografia

O livro Blind Fury: The Shocking True Story of Gerald Eugene Stano de Anna Flowers baseia-se nesses acontecimentos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Rory Enrique Conde

Rory Enrique Conde nasceu em 14 de junho de 1965 em Barranquilla, Colômbia, é também conhecido como "O Estrangulador de Tamiami" e condenado à morte por ser um serial killer, que nos anos de 1994 e 1995, matou seis pessoas nos Estados Unidos, assassinado. Conde era o segundo filho de seus pais. Quando ele tinha seis meses de idade, sua mãe morreu de tétano. Órfão de mãe foi criado pela irmã e pela avó paterna. Quando ele tinha dois anos, seu pai o deixou e também sua irmã e foi morar nos Estados Unidos. Ele era abusado sexualmente pelo tio, dos 6 aos 12 anos. Nessa idade, mudou-se para Miami para morar com o pai, que o ignorava e cometia abusos emocionais contra ele. Ele se casou com Carla Bodden em 1987. Espancava a esposa com socos e chutes, arrastava ela pelos cabelos até que seu couro cabeludo ficasse completamente machucado, ameaçava ela com um revolver constantemente, muitas vezes a agarrava pelo pescoço e uma vez tentou sufocá-la com um travesseiro. Também urinava pelo buraco da fechadura quando amigos de Carla, de visita, usavam seu banheiro. Era um maníaco por limpeza, e maltratava a mulher cada vez que seu bebê derrubava uma migalha no chão que não tivesse sido recolhida por ela até a hora em que ele chegava em casa. Tiveram seu primeiro filho, Rory Jr., no mesmo ano em que se casaram. Rory também se relacionava com prostitutas, que trazia para casa a fim de satisfazer seus desejos carnais. Ele as filmava vestidas com lingeries de sua esposa e em atos de masturbação sobre sua cama. Quando Carla descobriu uma destas fitas, confrontou Rory e a briga subseqüente levou o marido para a cadeia. O casal se separou e depois de certo tempo se reconciliou. Em 1992, Carla estava grávida novamente. A família mudou-se para um condomínio nas cercanias de "Tamiani Trail", ou Calle Ocho, como é chamada em espanhol, onde adquiriram uma casa própria. Foi quando o comportamento de Rory mudou drasticamente. Ele parou de fazer sexo com a esposa, e desaparecia durante a noite. Rory dizia à mulher que ficava fora pescando, apesar de nunca cheirar a peixe e jamais ter trazido para casa o produto de sua pesca. Desconfiada Carla seguiu o marido e encontrou-o se masturbando ao lado da janela da vizinha. Em julho de 1994, Carla esgotou sua paciência e mudou-se para a casa de seus pais com suas duas crianças, Rory Jr. e Nydia. Rory ficou muito deprimido. Disse a ela que se tivesse qualquer encontro com algum homem ele a mataria. Oito semanas depois, em setembro daquele ano, o Estrangulador de Tamiani agiria pela primeira vez. Entre setembro de 1994 e Janeiro de 1995, em apenas quatro meses, Rory Conde assassinou seis prostitutas. Ele sempre agiu seguindo o mesmo padrão. Ele pegava suas vítimas prostitutas na rua, levava para sua casa e tinha relações sexuais. Então, quando surgia a oportunidade e a prostituta se virava de costas, ele colocava o braço em volta do pescoço delas e as sufocava até que ela estivesse morta. Entre os dias 15 e 16 de setembro de 1994 Conde fez sua primeira vítima. Lázaro Comesaña era um travesti, mas parecia tanto com uma mulher que obviamente Conde o confundiu, isso pode ter desencadeado em Conde certa homofobia e ter gerado um sentimento de raiva em Conde fazendo com que ele matasse Lázaro. No dia 8 de outubro de 1994, na estrada de Tamiami Trail assim como no primeiro caso, Elisa "Daphne" Martinez foi assassinada. Caridade Fay Nava foi morta no dia 18 de novembro de 2004. Conde deixou uma mensagem escrita nas costas da vítima: "Em terceiro lugar, Dwight vai me chamar no Canal 10 se você conseguir me pegar”! Wanda Cook Crawford foi morta em 23 de novembro de 1994. Necole Christina Schneider foi a última vítima de Conde em 1994, mais precisamente no dia 19 de dezembro, esse assassinato levou futuramente Conde à prisão perpétua. Rhonda Dunn esteve no dia 12 de Janeiro de 1995 no apartamento Conde duas vezes para ter sexo consensual com ele, então ela foi ao banheiro. Quando voltou de costas para Conde, ele pôs o braço em volta do pescoço dela e a sufocou. Ambos caíram no chão, mas Rhonda morreu porque não conseguiu respirar. Com seu corpo a polícia tinha a sexta vítima e nesta havia evidências do mesmo DNA, o de Conde. No dia 19 de junho de 1995 Gloria Maestre, outra prostituta, foi amordaça e presa com fita adesiva no próprio apartamento e deixada lá enquanto ele foi fazer algumas compras. Gloria conseguiu chutar bastante contra a parede do apartamento que os vizinhos escutaram e alertaram o Corpo de Bombeiros. Eles quebraram a porta e libertaram Gloria. Gloria foi capaz de identificar Conde a partir de fotografias em seu apartamento e uma caça ao homem foi lançada. Conde foi preso cinco dias depois. Em 7 de Março de 2000, foi condenado pelo assassinato de Rhonda, que tinha sido encontrada morta em seu apartamento, nesse dia ele foi condenado à morte. Os traços de DNA e as confissões que ele também tinha sido responsável pelos outros cinco assassinatos não resolvidos foram aprovados no tribunal. Ele recebeu uma pena adicional de 5 prisões perpétuas.Ainda hoje ele aguarda na prisão da Flórida por sua execução.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Michael Lupo

Michael Lupo (na verdade se chamava Michele de Marco Lupo) nascido em 1953 foi um homossexual assassino em série italiano que cometeu seus crimes na Grã-Bretanha. Quando jovem ele serviu em uma unidade de elite do exército italiano antes de dedicar sua vida ao sadomasoquismo e a trabalhar como cabeleireiro. Em 1975, Michael se mudou para Londres, onde começou a trabalhar como cabeleireiro durante um bom tempo até começar a trabalhar na boutique YSL em Brompton Road, Londres, durante a década de 1980. Ele dizia ter tido cerca de 4000 amantes gays e desenvolveu um gosto por chicotadas e construiu uma moderna câmara de tortura em sua casa. Tudo mudou em março de 1986, quando Lupo foi diagnosticado com AIDS. Ele então começou o massacre sangrento contra a vida noturna gay. Durante um período de dois meses ele matou quatro homens que ele pegou em bares gay e deixou seus corpos retalhados espalhados em vários lugares. Em 15 de março de 1986, um homem de 37 anos de idade chamado Alex Kasson foi encontrado morto em um apartamento abandonado em Kensington, Londres. O inquérito não avançou porque não havia evidências que vinculassem um assassino a essa vítima. Em 6 de abril do mesmo ano, Anthony Connolly, de 24 anos foi encontrado morto em um aterro ferroviário em Brixton. Ele foi estrangulado até a morte com seu próprio lenço. Como Connolly dividia um apartamento com um homem que era HIV positivo, houve uma longa demora entre a descoberta do corpo e da evidência post-mortem porque o juiz quis fazer vários exames para determinar se Connolly era ou não infectado com HIV. Esta situação criou graves tensões entre as autoridades e a comunidade gay, esses acusavam as autoridades de homofobia. Seis semanas depois, em 18 de maio, Michael Lupo foi preso e acusado do assassinato de Connolly. Lupo, que na época trabalhava numa loja de flores em Chelsea, se dizia um Lobisomem por causa de seu sobrenome ("lupo" significa "lobo" em italiano). Em 21 de maio, Lupo foi acusado de outros dois assassinatos, o de um jovem funcionário do hospital chamado Damien McClusky, que foi estrangulado em West London, e um homem não identificado, que foi assassinado perto da Hungerford Bridge sobre o Rio Tâmisa. Além desses quatro assassinatos, Lupo foi acusado de duas tentativas de assassinato. Em 1987, no tribunal de Old Bailey, Lupo se declarou culpado de todas as acusações e recebeu quatro penas de prisão perpétua e mais de 14 anos. Houve investigações em uma série de cidades que Lupo visitou no início da década de 80, como Nova York, Berlim e Los Angeles, para ver se ele foi responsável por homicídios não resolvidos nessas áreas, embora não se tenha provas de qualquer outro crime que tenha sido cometido por Lupo nesses locais ou qualquer outro local que ele possa ter estado. Em fevereiro de 1995, Lupo morreu na prisão em decorrência de doenças relacionadas a AIDS. Na prisão ele admitiu que descobrir isso foi o estopim de sua fúria.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Colin Ireland

Colin Ireland nascido em 16 de março de 1954 é um serial killer britânico conhecido como "Gay Slayer" porque ele assassinou especificamente homossexuais do sexo masculino. Suas vítimas foram cinco homens. Ireland, que já tinha pego condenações por furto e roubo na faixa dos vinte anos, decidiu se tornar um serial killer na virada de Ano Novo de 1993. Naquele ano, enquanto vivia em Southend , ele começou a freqüentar o pub Coleherne, um pub gay em West London. Era um lugar conhecido onde os homens encontravam seus parceiros sexuais usando lenços codificados por cores que indicavam o perfil de parceiro preferido. Ireland escolhia homens que gostavam de ser passivos e com gosto pelo sadomasoquismo, assim ele poderia facilmente enganá-los fazendo parecer um jogo sexual. Ireland afirmou ser heterossexual, ele tinha sido casado, e disse que só fingiu ser gay para ajudar a convencer as vítimas em potencial. Os motives de Ireland são desconhecidos, o que se sabe é que ele era extremamente organizado e metódico. Ele carregava um kit completo de assassinato com cordas e algemas e uma mudança completa de roupas para cada assassinato. Depois de matar a vítima, ele limpava o apartamento afastando qualquer evidência forense que o ligasse ao local e permanecia no apartamento até a manhã para evitar suspeitas de sair no meio da noite. Peter Walker era um coreógrafo de 45 anos, que Ireland levou de volta a seu apartamento em Battersea. Lá ele o apertou e depois o sufocou com um saco plástico sobre sua cabeça. Ireland colocou dois ursos de pelúcia em posição de 69 ao lado do corpo. Ireland deixou os cães de Walker presos em outro quarto. No dia após o assassinato, depois de ter ouvido notícias do crime, ele ligou para um jornalista do jornal The Sun jornal, sem se identificar, falando sobre os cães e dizendo que tinha assassinado o dono deles. Christopher Dunn era bibliotecário de 37 anos que vivia em Wealdstone. A morte de Dunn foi inicialmente acreditada ser um acidente que ocorreu durante um jogo erótico. Além disso, por ele viver em uma área diferente de Walker, um conjunto diferente de investigadores trabalharam no caso. Por estas razões, a morte dele não foi ligada a de Walker. Ireland conheceu o empresário Perry Bradley III de 35 anos no pub Colherne. Bradley vivia em Kensington e era filho de um proeminente político do Texas. Os dois homens foram ao apartamento de Bradley, lá Ireland sugeriu que Bradley fosse amarrado. Bradley expressou seu descontentamento com a idéia de sadomasoquismo. A fim de convencer Bradley, Ireland disse a Bradley que era incapaz de realizar o ato sexual sem elementos de sadomasoquismo. Bradley hesitante cooperou e logo estava amarrado em sua cama, de bruços, com uma corda em seu pescoço. Após isso Ireland exigiu dinheiro de Bradley sob ameaça de tortura. Ireland garantiu a Bradley que era apenas um ladrão e sairia depois de pegar o dinheiro. Porém após o roubo, Ireland disse a Bradley que ele deveria dormir, pois ele não iria deixar o seu apartamento tão cedo. Bradley finalmente dormiu e Ireland momentaneamente pensou em deixar Bradley ileso. Porém em seguida ele percebeu que Bradley poderia identificá-lo e ele puxou a corda que já havia anexado ao redor do pescoço de Bradley o estrangulou. Antes de sair do apartamento de Bradley, ele colocou uma boneca em cima do corpo do homem morto. Bradley foi descrito nos relatórios policiais como heterossexual. Isso não era verdade, mas talvez isso tenha sido feito para proteger a sua família. Isso contribuiu para o fracasso dos investigadores ao ligar os diferentes assassinatos. Ireland, irritado por não ser ainda motivo de nenhuma publicidade, depois de três do último assassinato, matou novamente. No pub ele conheceu Andrew Collier, de 33 anos de idade, um corretor de imóveis, e os dois partiram para a casa Collier em Dalston. Depois de entrar no apartamento havia uma perturbação no exterior e os dois homens foram até a janela para investigar. Ireland segurou em uma barra horizontal de metal que corria através da janela. Mais tarde, ele se esqueceu de limpar as impressões digitais durante sua fase de limpeza usual. A polícia encontrou essas impressões digitais. Após amarrar a vítima na cama, Ireland pediu novamente seus detalhes bancários. Desta vez a vítima se recusou a cumprir. Ireland matou o gato de Collier na presença de Collier, enquanto esse estava contido na cama. Ireland, em seguida, estrangulou Collier com uma corda. Ele colocou um preservativo no pênis de Collier e colocou a boca do gato morto sobre ele, e colocou o rabo do gato na boca Collier. Ireland ficou irritado ao descobrir que Collier era HIV positivo, enquanto vasculhava seus pertences à procura de dados bancários. A razão suspeita de ele matar o gato foi porque, após a Ireland matar Walker, ele tinha deixado seus cachorros trancados em uma sala separada, e ele ligou anonimamente para dizer que os cães estavam presos. Como resultado, a mídia chamou o assassino de um amante dos animais. Ele estrangulou o gato para demonstrar que o "amante dos animais" era uma suposição errada. Ireland deixou a casa na manhã seguinte levando uma certa quantia de dinheiro de Collier. Irlanda deixou uma pista para a polícia, colocando um preservativo na boca de Collier, tal como tinha feito com Walker, criando uma ligação óbvia entre os dois assassinatos. A quinta vítima em série de Ireland (ele tinha lido que os serial killers precisavam de pelo menos cinco vítimas para se qualificar como tal) foi Emanuel Spiteri, de 41 anos, uma chef de cozinha que Ireland conheceu no mesmo pub. Eles foram para o apartamento de Spiteri em Hither Green e, assim como nos casos anteriores, Spiteri foi persuadido a ser algemado e amarrado em sua cama. Once more, Ireland demanded his bank number but did not obtain it. Mais uma vez Ireland pediu seu número do banco, mas não obteve. Ele utilizou novamente uma forca para matar sua vítima. Após a realização de seu ritual pós-morte de limpeza e limpar o cenário, a Ireland ateou fogo no apartamento e saiu. Ele chamou a polícia depois de dizer para procurar um corpo no local do incêndio e acrescentou que provavelmente não mataria novamente. A polícia acabou ligando todos os cinco assassinatos. Os crimes foram amplamente divulgados através da mídia e tornaram-se rapidamente conhecidos na comunidade gay e na comunidade em geral souberam que um serial killer que se dirigia especificamente aos gays estava operando. As investigações revelaram que Spiteri tinha deixado o pub e foi para casa com o assassino viajando de trem e um vídeo de segurança capturou com sucesso os dois na plataforma ferroviária de Charing Cross Station. Ireland reconheceu a si mesmo e decidiu contar à polícia que ele era o homem com Spiteri, mas não o assassino, ele alegou ter deixado Spiteri no apartamento com outro homem. No entanto, a polícia também encontrou impressões digitais no apartamento de Collier que coincidiram com as de Ireland. Ele foi acusado pelos assassinatos de Collier e Spiteri e confessou os outros três enquanto aguardava julgamento na prisão. Ele disse à polícia que não tinha preconceito contra os homens gays, mas os escolheu porque eles eram os alvos mais fáceis. Ele roubou daqueles que matou para financiar suas matanças, porque ele estava desempregado na época, e ele precisava de fundos para deslocação para Londres, atrás de mais vítimas. Quando o seu caso chegou à Old Bailey, em 20 de Dezembro de 1993, Ireland admitiu todas as acusações e pegou prisão perpétua por cada um deles. O juiz, Sr. Justice Sachs, disse que ele era "extremamente assustador e perigoso", acrescentando: "Tirar uma vida humana é um ultraje, tirar cinco é uma carnificina". Em 22 de dezembro de 2006, Ireland foi um dos 35 presos condenados a prisão perpétua, cujos nomes apareceram na lista de prisioneiros do Ministério do Interior que pegaram pena por toda a vida e que provavelmente, nunca poderiam ser libertados.

domingo, 16 de maio de 2010

Jean-Bédel Bokassa

Jean-Bédel Bokassa, também conhecido como Imperador Bokassa I e Salah Edddine Ahmed Bokassa nasceu em Bobangi no dia 22 de fevereiro de 1921 e foi ditador da República Centro Africana. Presidente da antiga África Equatorial francesa que tornou-se independente em 1958 e adotou o nome de República Centro-Africana, Bokassa assumiu o poder em 1966, através de um golpe, dissolveu o Parlamento, suspendeu a Constituição e nomeou-se presidente vitalício, chefe das Forças Armadas e chefe do único partido. Em 1969, o Ministro da Saúde, Alexandre Banza, acusado de conspirar contra ele, foi fuzilado após ser espancado publicamente pelo próprio Bokassa e arrastado pelas ruas de Bangui, capital do país. Diversos outros membros do governo receberam acusação idêntica e também tiveram o mesmo fim. Com hábitos antropofágicos, afirma-se que o ditador mantinha estocado nos frigoríficos de seu palácio grandes pedaços de carne humana para serem saboreados in natura, ou melhor dizendo, comidos sem cozimento ou crus. Em 1976, Bokassa fez aprovar uma Constituição que transformou o país num império e ele foi coroado numa cerimônia luxuosíssima, que reproduziu literalmente a da coroação de Napoleão I, desfalcando os já exauridos cofres da nação. O auxílio altíssimo recebido da França cobriu as despesas, servindo para pagar salários astronômicos aos altos funcionários. Bokassa baixou rígidas instruções sobre como os súditos deviam se comportar em sua presença: manter-se a seis passos de distância, curvar com obediência a cabeça e, quando convidado a falar, responder com um “sim, Majestade Imperial”. O imperador atribuiu-se tantas medalhas que foi obrigado a encomendar a seu alfaiate um casaco extra-longo para sustentá-las. Em 1979, estourou uma manifestação estudantil contra uma lei do imperador que obrigava todos os escolares a usarem uniformes vendidos por uma empresa de sua propriedade. Meses depois, diante de uma greve geral, Bokassa mandou prender centenas de jovens e participou pessoalmente de seu massacre. Diante dessa denúncia, confirmada pela Anistia Internacional, o governo francês decidiu cortar cerca de 80% dos subsídios que enviava ao país. Bokassa foi deposto pelo primo, David Dacko, que proclamou o retorno do país à República. O ex-imperador tentou seguir para a França, onde possuía extensas propriedades, mas o governo francês recusou-se a permitir sua entrada, deixando-o quase três dias confinado dentro de seu avião, numa base aérea perto de Paris. Dali, ele finalmente rumou para a Costa do Marfim, onde seu pedido de asilo foi aceito. Passou a viver de favor com algumas de suas mulheres e 14 dos seus 54 filhos numa imensa propriedade mandada construir pelo Presidente Felix Houphouet-Boigny, que também cuidava da alimentação e educação da numerosa família. Em 1983, quatro anos após sua deposição, o ex-ditador desembarcava novamente na França e se instalava no castelo de Hadricourt, com parte de sua família. Ele voltou de seu exílio na França em 24 de outubro de 1986, sendo preso e julgado por traição, assassinato, canibalismo e apropriação indébita de fundos estatais. Foi condenado à morte em 12 de junho de 1987, mas a sentença foi comutada para prisão perpétua em fevereiro de 1988, e reduzida posteriormente para vinte anos. Com o retorno da democracia em 1993, o presidente André Kolingba declarou uma anistia geral a todos os presos, em um de seus últimos atos como presidente, e Bokassa foi libertado em 1 de agosto daquele ano. Bokassa veio a falecer em Bangui, aos 75 anos, em 3 de novembro de 1996.

Biografia Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5 Parte 6 Parte 7 Parte 8 Parte 9 Parte 10 Parte 11 Parte 12 Parte 13 Parte 14 Parte 15 Parte 16 Parte 17

O livro Dark Age: The Political Odyssey of Emperor Bokassa de Brian Titley fala sobre esses acontecimentos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mateus da Costa Meira

Mateus da Costa Meira nascido em Salvador, Bahia no dia 4 de abril de 1975, mais conhecido por "O Atirador do Cinema" ou "O Atirador do Shopping", é um ex-estudante universitário de Medicina na USP. Seus apelidos vem do fato de ter disparado uma metralhadora portátil contra pessoas da platéia de uma sala de cinema de um shopping center na cidade de São Paulo. Filho do oftalmologista Deolino Vanderlei Meira e da enfermeira Alina da Costa Meira ele nasceu em Salvador, na Bahia, numa família de classe média alta. Meira e a irmã caçula Ana Emília Meira, na época com 21 anos, sempre tiveram de tudo. Estudaram em bons colégios particulares e até o momento do crime ele recebia uma mesada de 800 reais. A vida, portanto, era de padrão muito bom. Nunca teve um relacionamento muito afetuoso com os pais. Até os 13 anos, segundo a mãe, ele era normal. Nessa idade, começou sua depressão. Ele confidenciou a mãe que queria se suicidar. Foi ao psicólogo e fez tratamento por um ano. Depois o atendimento passou a ser de emergência, somente quando era necessário. Mas chegou a um ponto que ele não quis mais aceitar o tratamento e as medicações. Ele falou para sua mãe que sua falta de amigos era a causa da depressão. A situação piorou aos 15 anos. Ele foi fazer um intercâmbio nos Estados Unidos e a mãe americana não o suportou por causa da agressividade. Logo ele retornou. A dona da agência de intercâmbio disse que Mateus precisava de ajuda. Ele quebrou uma costela do pai, deu soco em um olho dele também, chutou um joelho da mãe e agrediu ela porque achou que uma roupa sua não estava passada. Tinha mania de limpeza e de organização. As coisas pioraram aos 16 anos. Vários médicos foram procurados. Um deles disse achar melhor que a família o mandasse para algum lugar, pois do contrário algo poderia acontecer. A decisão dele de morar em São Paulo foi encarada por todos como uma boa solução. Chegando lá, ele morou num pensionato e teve uma briga séria com um colega. Mateus teve de sair de lá. Logo depois, mudou-se para um apartamento. Lá, ele agrediu o porteiro do edifício. Depois foi para outro prédio, onde ficou até a época dos crimes. Nos seus seis anos de São Paulo, Meira não cultivou uma amizade sequer. Nunca foi visto com namorada. Quando andava pelos corredores da Santa Casa de Misericórdia, onde cursava o 6º ano de medicina, mantinha sempre o olhar baixo. Não mantinha vínculos com ninguém. Quando o chamavam de "baiano", abandonava o lugar imediatamente e emudecia durante dias. No 1º ano, foi um estudante excepcional. Suas notas estavam entre as melhores da turma. No do 1º ano, quando foi passar férias em Salvador, Mateus tentou suicídio usando um bisturi. Têm nos pulsos as marcas dessa tentativa. Nesse mesmo dia, resolveu correr de calça jeans. Chegou em casa com a calça estraçalhada. Disse que sentiu calor no meio do caminho e cortou a calça toda com um caco de vidro. Tempos depois, feriu-se novamente e voltou a falar em suicídio. No início do 2º ano sua mãe pediu que a faculdade ajudasse no tratamento. Comunicaram a ela que Mateus era um aluno brilhante e não podia ser obrigado a aceitar o tratamento. Nesse 2º ano, foi apenas um bom aluno. No 3º, medíocre. Ele repetiu o 4º ano, fez apenas uma matéria no 5º e no 6º. Na Santa Casa, poucos alunos gostam de dar plantão aos sábados e domingos ou em horários noturnos. Mas Meira oficializou essa opinião para os professores. Ele chegava a pagar para alguns alunos cumprirem o plantão por ele. Quando foi descoberto, encaminharam-no a um centro de apoio psiquiátrico da universidade. Ele compareceu a uma consulta com a doutora Patrícia Belloddi e se dizia revoltado com a punição. Foi então encaminhado ao psiquiatra José Cássio do Nascimento Pitta, que se apressou em agendar uma consulta e abriu um horário extra para atender a mãe dele. Ao final do encontro, Pitta ficou convencido de que ele precisava iniciar um tratamento imediatamente. Como ia viajar, recomendou o jovem à sua colega, a psiquiatra Luciana Sarin. Dias depois, Meira piorou e a médica decidiu interná-lo a força na Clínica Psiquiátrica Parque Julieta, na Granja Julieta, bairro nobre de São Paulo. Quando Pitta voltou de viagem, encontrou-o quieto e retraído, depois de sete dias de internação. Ele não mais apresentava os sintomas de irritabilidade e agitação que demonstrara antes. Foi então que o psiquiatra ouviu da voz pausada e monocórdia de Meira relatos sobre alguns acontecimentos de sua vida. Na época, o pai de Meira estava em São Paulo acompanhando o tratamento do filho. A sua permanência na cidade, ao lado do estudante, foi a condição imposta pelo psiquiatra para dar alta. Meira alegava que queria retomar os estudos. Dois dias depois, na quinta-feira, o pai de Meira ligou para o psiquiatra e disse que ele retomara as atividades normais na escola e dormia bem. Um bom sinal, já que a insônia era freqüente. Mas o pior ainda estava por acontecer. Uma semana mais tarde, o pai de Meira levou-o ao consultório de Pitta. O pai dele disse que tinha assuntos urgentes a resolver em Salvador e viajaria naquele mesmo dia. No dia seguinte, Meira interrompeu a medicação e passou a ser dono de seu destino. Não voltou mais ao consultório do psiquiatra. Meira morava sozinho. Não recebia ninguém em seu apartamento. Costumava não atender ao interfone nem à porta, mesmo estando dentro de casa. Segundo seus vizinhos, tinha um comportamento muito estranho. Por duas ocasiões, quebrou o vidro da porta de entrada com a cabeça. Numa madrugada bateu na casa do zelador dizendo que queria a chave da caixa de luz porque a voz que o perseguia estava lá dentro. Chegou a ameaçar o zelador. Meira estava devendo dois meses de condomínio. Era um aficionado de jogos de estratégia, como War, e de memória, como Master. Ele não tinha intimidade com a família, mas deixou que sua mãe o abraçasse e passasse as mãos em seu cabelo após sua prisão. Conversava com os pais, mas jamais com a irmã, era como se ela não existisse. O garoto calado e sem amigos era também um pirata da informática. Em seu apartamento foram apreendidos quatro computadores e mais de 1.000 CDs virgens que usava para copiar softwares. Na verdade, ele mantinha em casa uma empresa virtual, fantasma, com endereço na internet e cadastrada com dados falsos. Em 1997 foi procurado pela polícia, mas nem chegou a ser processado por crime de pirataria. Sabe-se, porém, que parte do dinheiro que empregou na compra da arma foi obtida com a venda desses CDs. Uma empresa provedora de internet chegou a reclamar com seu pai porque ele enviava mensagens pornográficas por e-mail para centenas de pessoas. O estudante confirmou que usava drogas constantemente e as comprava do mecânico Marcos Paulo Almeida Santos, o mesmo que lhe vendeu a submetralhadora. As 28 pessoas que assistiam à última sessão do filme Clube da Luta viveram um terror que lhes parecia interminável. Mais tarde, Meira diria que há sete anos vem pensando em cometer um crime assim. Marcado por uma personalidade esquizóide e muito introvertido, o estudante criou as condições ideais para realizar sua obsessão. Dois meses antes ele vinha consumindo cocaína e há muito tempo já havia deixado de tomar o medicamento Zyprexa, antipsicótico usado para diminuir sintomas de delírios, alucinações, irritabilidade e agressividade. Meira já tinha até uma pistola 380 para fazer seu massacre. Mas acabou optando por outra arma. O estudante, então, encomendou uma submetralhadora americana Cobray M-11/9 calibre 9 milímetros. Pagou 5.000 reais, entregou sua pistola 380 e voltou para um hotel que tinha se hospedado no dia. Minutos depois, saiu sem fechar a conta, levando apenas uma mochila nas costas. Tomou um táxi, rumo ao MorumbiShopping (local onde, acreditava, poderia cometer o crime sem levantar suspeitas, já que estava bem longe de casa e dificilmente alguém o reconheceria por ali). Segundo testemunhas oculares da ação, na noite de 3 de novembro de 1999, dentro da sala 5 do cinema do Morumbi Shopping, zona sul da capital paulista, Mateus teria levantado de seu lugar, ido ao banheiro, onde teria dado um tiro no espelho com sua submetralhadora Cobray M-11, mirou para a sua própria imagem e disparou. O espelho permaneceu inteiro na parede, com um furo de bala e todo estilhaçado. A arma estava no modo intermitente, isto é, dava um tiro de cada vez. O estudante não conseguiu regulá-la para que os tiros saíssem em rajadas. Depois ele ficou de frente para a platéia, sacando novamente a arma e iniciando os disparos. Dessa tragédia resultaram 3 mortes: a fotógrafa Fabiana Lobão de Freitas, de 25 anos; o analista de sistemas Júlio Maurício Zemaitis, de 28 anos e a publicitária Herme Luiza Jatobá Vadasz, de 44 anos. E 4 pessoas feridas, dentre elas o produtor de cinema Carlos Eduardo de Oliveira, namorado de Fabiana. O filme exibido no momento dos disparos era Clube da Luta. Preso em flagrante ele contou que ouvia vozes ameaçando-o e sentia-se perseguido em seu apartamento, motivo que o teria levado a se hospedar no hotel naquela tarde. Em sua residência, a polícia encontrou mais de 300 cápsulas de submetralhadora, quatro papelotes com aproximadamente 1 grama de cocaína cada um e 33 pacotes vazios. Também havia vestígios de crack. Ele acabou condenado a mais de 120 anos de prisão em regime fechado. Seus advogados alegaram que Mateus era semi-imputável, ou seja, possuía consciência parcial de seus atos. Depois de várias apelações judiciais, Mateus foi condenado aos formais 30 anos máximos previstos pela Justiça brasileira. Os advogados de defesa tentaram, em vão, alegar insanidade mental de seu cliente e argumentar que Mateus havia sido influenciado pelo jogo Duke Nukem 3D, no qual há uma cena de tiroteio dentro de um cinema. No dia 8 de maio de 2009, Mateus tentou matar seu colega de cela na Penitenciária Lemos Brito na cidade de Salvador e foi autuado por tentativa de homicídio. A vítima é o detento espanhol Francisco Vidal Lopes, 68 anos, que cumpre pena por tráfico de drogas na unidade. Ele foi socorrido e não teve danos maiores. Segundo informações da Secretaria de Cidadania, Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Meira teria usado uma tesoura para golpear a cabeça do espanhol. O equipamento é usado pelos presos em trabalhos artesanais. Meira foi levado para a 10ª Delegacia de Polícia de Salvador, onde foi autuado por tentativa de homicídio. O espanhol teria dito à polícia que um desentendimento anterior seria o motivo da agressão praticada pelo ex-estudante de medicina. Em 27 de fevereiro de 2009, Meira foi transferido do Presídio de Tremembé, em São Paulo, para o Presídio Lemos Brito, em Salvador. A mudança teria sido um pedido da família dele, que mora na Bahia, de acordo com a Secretaria de Justiça da Bahia. A direção do Presídio Lemos Brito informou que, após a agressão ao colega de cela, Meira foi levado para uma cela, onde foi mantido em isolamento dos demais detentos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Waneta Hoyt

Waneta Ethel Hoyt nascida em 13 de maio 1946 foi uma serial killer americana nascida em Richford, Massachusetts. Ela tinha 7 irmãos, mas dois morreram quando ela era muito jovem. Quando tinha 11 anos, Waneta teve sarampo que a deixou com dificuldades de visão, ela só conseguia ver sombras quando estava sem óculos. Ela saiu de Newark Valley High School, aos 17 anos para se casar Tim Hoyt em 11 de janeiro de 1964. Seu filho, Eric, faleceu em 26 de janeiro de 1965, apenas 101 dias depois de nascer em 17 de outubro de 1964. O mesmo aconteceu com James que nasceu em 31 de maio de 1966 e faleceu em 26 de setembro 1968; Julie nascida em 19 julho e morta em 5 setembro de 1968; Molly nascida em 18 de março e morta em 5 junho 1970 e Noah nascido em 9 maio e morto em 28 julho 1971. Acreditava-se que os bebês haviam morrido de síndrome da morte súbita infantil, motivo que fez com que Tim fizesse vasectomia, pois achava que tinha problemas genéticos que causavam a má formação de seus filhos. Tim e Waneta deram entrada em 2 pedidos de adoção, a primeira vez antes do nascimento de Molly, após essa gestação eles desistiram da adoção. A segunda vez foi antes de Noah ter nascido e novamente após o nascimento desistiram da adoção. Após a morte de Noah, Waneta e Tim adotam Scottie. Nessa época Waneta vai a uma psiquiatra e diz a ela que estava preocupada porque poderia machucar Scottie. A psiquiatra sugeriu que Waneta fosse a um hospital, mas ela recusou e disse que só queria medicação. Seu psiquiatra relutantemente prescreveu Stelazine, para tratar a ansiedade e Elavil, para tratar a depressão. Em seguida Waneta chamou o agente de serviço social e entregou Scottie alegando que não se sentia bem e precisava de mais um ou dois anos antes de adotar uma criança. Ainda nessa época, Waneta foi estuprada por um vizinho. Mais uma vez ela e Tim entram com pedido de adoção e conseguem a guarda de Jay, de apenas 2 meses. Waneta foi ao psiquiatra e disse que não estava se sentindo bem, e para piorar, nessa época a mãe dela morre em um acidente de carro. Uma investigação pediátrica foi conduzido pelo Dr. Alfred Steinschneider até que Hoyt confessou em 1994 que sufocou seus filhos. Em 11 de Setembro de 1996, ela foi condenada a 75 anos de prisão. O júri a condenou em cinco acusações de homicídio negligente. Waneta Hoyt morreu em 13 de agosto de 1998 de câncer pancreático em Bedford Hills Correctional Facility no estado de New York. Depois que um médico diagnosticou que Hoyt estava com câncer de pâncreas no seu advogado tentou obter sua libertação da prisão. Porém New York não permite liberdade condicional médica para qualquer pessoa condenada por assassinato, homicídio em primeiro grau ou delitos sexuais contra crianças. As crianças, com idades variando de 48 dias a dois anos e que era inicialmente especulado de eles terem morrido de Síndrome da Morte Súbita Infantil, ou SIDS foi admitido por ela que eles oram mortos porque ela não agüentava mais o barulho deles chorando. Mais tarde, ela se retratou em juízo e disse que a polícia do estado a enganou e a coagiu a uma admissão. Especula-se que Hoyt sofria de síndrome de Munchausen.

O livro Good-Bye, My Little Ones: The True Story of a Murderous Mother and Five Innocent Victims de Charles Hickey , Todd Lighty e John O'Brien baseia-se nesses acontecimentos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Erzsebet Báthory

A Condessa Erzsebet Báthory, ou Elizabeth Bathory como é chamada no ocidente, foi uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu. Os relatos sobre ela ultrapassama fronteira da lenda e a rotulam através dos tempos como A Condessa de Sangue. Nascida em 1560, filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu em uma época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre Turquia e Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais. Aos 14 anos engravidou de um camponês, mas como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro, que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a ela algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa. Quando se tornou adulta, Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem se encontrava em sua presença não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio. Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas, muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser "vampira" por morder e dilacerar a carne de suas criadas. Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Bathory a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente. Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira. Nos primeiros dez anos, Elizabeth e Ferenc não tiveram filhos pela constante ausência do Conde. Por volta de 1585, Elizabeth deu à luz uma menina que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes, deu à luz a Ursula e Katherina. Em 1598, nasceu o seu primeiro filho, Paul. A julgar pelas cartas que escreveu aos parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que não era de surpreender, visto que os nobres costumavam tratar a sua família imediata de maneira muito diferente dos criados mais baixos e classes de camponeses. Um dos divertimentos que Elizabeth cultivava durante a ausência do conde, era visitar a sua tia Klara Bathory. Bissexual assumida e muito rica e poderosa, Klara tinha sempre muitas garotas disponíveis para ambas "brincarem". Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Dessa época em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para que os insetos a devorassem vivam. Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pêlos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde as vítimas eram torturadas pouco a pouco, erguendo-as de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que se limpar para continuar o ato. Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não continuou mais como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não limitou mais seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio. As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 ela foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas por ela. Seus cúmplices foram condenados à morte e ela à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida. Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a idéia de ter a "Infame Senhora" sepultada na cidade. Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.
Biografia Parte 1 Parte 2 Parte 3

Milhares de manifestações artisticas se baseiam em Elizabeth Bathory. Diversos quadros dos séculos XVIII e XIX foram pintados tendo como pano de fundo os banhos de sangue da Condessa. As orgias macabras da Condessa ilustrou o imaginário de muitos músicos, muitas bandas de Heavy Metal como Venon, Cradle of Filth, Slayer e mesmo a banda Bathory tiveram canções inspirados na história e lendas a respeito de Bathory.
O filme Bathory baseia-se nesses acontecimentos.

Os livros Infamous Lady: The True Story of Countess Erzsébet Báthory de Kimberly L. Craft; The Bloody Countess: Atrocities of Erzsebet Bathory de Valentine Penrose; The Blood Countess de Andrei Codrescu e Bathory: Memoir of a Countess de A. Mordeaux são apenas alguns dos muitos livros que tem como pano de fundo a vida da Condessa Bathory.

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