sexta-feira, 28 de maio de 2010

Roberto Peukert Valente

Roberto Agostinho Peukert Valente, nascido em 1967, venezuelano naturalizado brasileiro, entrou para a crônica policial brasileira na madrugada de 6 de janeiro de 1985, quando, aos 18 anos e estudante da 7ª série, matou a tiros e facadas a mãe, o pai e os três irmãos tudo porque sua mãe pediu que ele abaixasse o volume do rádio que estava alto.
Roberto pegou o revólver do pai e deu um tiro no peito da mãe, que dormia. O pai se acordou e também foi atingido. Como os pais continuaram vivos, o assassino foi até a cozinha, pegou uma faca de serra e um facão. Deu três golpes no abdome da mãe e 11 no pescoço do pai. O adolescente arrastou os cinco corpos pela casa. Colocou-os no carro da família e dirigiu até uma rua perto do Cemitério de Congonhas, onde abandonou o veículo. Às 20h37 de 19 de agosto de 1987, Peukert foi condenado por matar o pai, o português radicado no Brasil Mário Agostinho Valente, 46 anos, desenhista da Mercedes-Benz; a mãe, Karin Klaudia Peukert, 42 anos, operadora bilingüe da multinacional ZF do Brasil; a irmã, Cristina, 16 anos; e os irmãos, Paulo, 17 anos, e André, 8 anos. Peukert foi condenado a 25 anos de prisão pela chacina, mas, como foi considerado semi-imputável (tem consciência do que é crime, mas não consegue se controlar), o juiz Nilton Vieira de Melo trocou a pena por internação no manicômio judiciário (neste caso, o condenado passa por avaliações periódicas anuais ou a cada três anos, a partir das quais ele pode ou não receber benefícios). Condenado a 25 anos de prisão pela chacina, acabou internado em um manicômio judicial, de onde, segundo determinação da Justiça, só pode sair com escolta policial. Após passar anos na hoje extinta Casa de Detenção de São Paulo e na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, uma das mais rígidas do país, Peukert foi transferido para o hospital de Franco da Rocha 1, onde vigora o regime fechado. Em janeiro de 2008, foi transferido para a unidade 2, onde existe um regime de desinternação progressiva que, sempre com avaliações psiquiátricas e autorização judicial, permite saídas dos internos, alguns até podem sair sozinhos, o que não é o caso de Peukert. A chacina ocorreu no sobrado da família, na Vila Santa Catarina (zona sul de SP). Após as mortes, Peukert colocou os corpos no porta-malas de um dos carros da família e os abandonou perto de um cemitério. Em 1991, em entrevista à Folha, Peukert afirmou: "Se insistirem muito em saber qual meu estado, diga que estou completamente maluco, vendo hipopótamos com asinhas". No ano de 2008 Peukert foi flagrado ao sair do manicômio, sem escolta, para passar o dia na casa da namorada, Neusa Maria Teixeira Rocha, funcionária do hospital psiquiátrico de Franco da Rocha 1, onde ele esteve internado até janeiro daquele ano. Peukert, que na época já estava em Franco da Rocha 2, foi deixado só na casa, a quase dois quilômetros do hospital, e lá ficou o dia todo, sem escolta de funcionários do sistema prisional. Ele foi levado no carro particular de um agente prisional, conhecido como Ocimar, que também é responsável pela guarita de entrada do hospital psiquiátrico. Em seguida, o agente voltou ao seu posto. Por volta das 11h, o preso ficou sozinho na casa, já que a namorada e outras duas mulheres saíram para fazer compras no centro de Franco da Rocha. Ao voltar, cerca de uma hora depois, foram recebidas na garagem por ele. Laudos do psiquiatra Guido Palomba, um dos mais conceituados do país, relatam que Peukert ainda tem uma estrutura psíquica frágil. "Como é inteligente, tem certa vivência, supõe-se que em eventual novo delito poderia agir de forma mais elaborada", diz o laudo. O juiz Adjair de Andrade Cintra determinou, em janeiro de 2008, "que não seja autorizada a saída do sentenciado da colônia (hospital psiquiátrico), salvo acompanhado de funcionários do estabelecimento". A decisão, diz o juiz, baseia-se no fato de haver divergência nos laudos "sobre o grau de periculosidade do sentenciado". Em entrevista, o preso negou ter cometido alguma irregularidade e admitiu que freqüentemente tem passeado aos domingos. Além de passear sem escolta, "Robertinho", como é chamado pela diretora da unidade, a psicóloga Odete Maria Vieira Lanzotti, tem as chaves de várias salas do hospital, mantém um quarto exclusivo e é o único a usar um notebook para fazer trabalhos particulares para a empresa de um tio. A saída sem escolta e outros possíveis privilégios são investigados pela Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário de São Paulo. Odete Maria é mulher de Paulo César Sampaio, psiquiatra que coordena todo o sistema de saúde dos presídios paulistas e também investigado por conceder regalias a Peukert.

2 comentários:

  1. È foda o sistema Brasileiro de "IN"justiça.
    Regalias para um animal deste?

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  2. No Brasil tem que ser bandido mesmo,trabalhador só leva no toba.Precisa ter pena de morte pra crimes hediondos nesse país.

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